É nóis, maluco

Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

De cima para baixo


Lá.
De cima.
Da torre da igreja, eu avisto a cidade inteira.
Homens e mulheres que passam apressados, todos com destino certo.
O carroceiro e seus papelões, os automoveis que voam em pista de asfalto, sacolas nas mãos dos pedestres.
Sonhos empacotados.
De cima da torre da igreja parace fácil compreender que a correria é inorgânica.
Não vejo crianças brincando, velhos de bengalas tomando o sol diário.
Vejo o homem de terno e gravata pregando um Cristo. Vejo o descamisado bebendo a miséria que um cristo não reparou.
Ponho meus óculos.
A nitidez dos de baixo me cega.
Enlouquecido, num salto, badalo o sino.
Forte. Bem forte.
Que pena, estão todos surdos....

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo com todas as irritações aqui descritas. Em particular, pagode alto em celular. Aliás, não só pagode, mas qualquer estilo de música alta em celular, por perturbar a paz alheia. Ae pessoas ao redor podem não estar em clima de ouvir a música que você julga tão incrível. Você tem um celular bam bam bam que toca mp3? Ótimo! Coloque o fone em seu maldito ouvido e ouça você mesmo. Ninguém é obrigado a ouvir também. Se for pagode ou Banda Calipso, piorou! Você deveria ser preso.
Beijo, Zé!
Jamais me revelarei... para não te irritar.