É nóis, maluco

Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Todo carnaval tem seu fim.... e recomeço!



Escrevo com a propriedade de apenas um admirador das festas carnavalescas. Destes que no início de Fevereiro começam a se contagiar pelos batuques produzindo ritmos em alguns pontos da cidade.


E, admirador que sou, fui presenteado neste final de semana com gente cuja raíz é o samba.


Sexta-Feira foi a escolha do reinado do bloco tradicional na cidade Refogados do Sandi. E aquele povo faz uma bagunça tão gostosa que é impossível ficar passivo a tanta festividade e gente "lôca" (do tempo em que ser louco era ser feliz) . O nosso cover de Elvis Presley, Rudy, que representa com maestria o rei do rock, foi nomeado Principe do Refogado. E aí o carnaval dá um chapéu no preconceito e todos são bem vindos na festa.


E minhas andanças de fantasias não pararam por aí. No último domingo estive no ensaio da tradicional escola de samba União da Vila. E foi lá que tive a certeza de que a estética do carnaval me encanta. E o encanto nasce de ver a paixão reunida "embaixo da ponte". De ver o suor, os pés dançando naquele chão de cimento batido, na dignidade dos braços que batem tambores, nos sorrisos de quem grita sem vergonha de ser feliz o orgulho de fazer parte daquela festa.


E se a paixão que culmina em ritual não servem para fazer carnaval em qualquer lugar, então eu não sei o que é festa.


Fantasias _emprestadas ou não_ vestem a expressão de um povo. O rico,o pobre , o miserável...Todos felizes! É o carnaval no carro alegórico da democracia.

Um comentário:

Anônimo disse...

É Zé... o Bloco do Refogado do Sandi tem ainda n'alma a alegria dos antigos carnavais... beijos,

Máscara Negra
Zé Kéti e Pereira Matos

Tanto riso, oh! quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão

Foi bom te ver outra vez
Tá fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou
Que te beijou, meu amor
A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval.