Humano que sou, não consegui acompanhar toda a programação da Virada Cultural de Jundiaí. Evento promovido pelo governo do estado de São Paulo, com apoio e organização do governo municipal.
Ah, antes de tudo: que fique bem claro o meu apreço por este tipo de iniciativa. Louvável com brecha para maiores acertos.
É certo que a visão sobre tudo que é dito arte é muito pessoal. Então aí vai:
Vanguart - Virou! Uma das melhores surpresas da minha noite, a banda de Cuiabá subiu no palco do pavilhão da Festa da Uva mandando vê num rock metido a folk. P'ra mim, que tenho o preconceito com bandas novas infincados em meu gosto musical, foi muito bom pagar a língua na boca aberta com o show dos meninos.
Vênus Volts - Não Virou! Pode ser que tenha sido o baque pós Vanguart, mas a banda com a vocalista-menina-fingindo-atitude não me agradou no repertório e na qualidade. Olha que tem banda de Jundiaí que cobraria mais barato e viraria...
O Homem da Tarja Preta - Não Virou! Monólogo panfletário. No mau sentido. Texto pretensioso que desperdiça a reunião de 1000 pessoas no imponente teatro Polytheama. Arte é outra coisa. Entretenimento também...
Marcelo D2 - Virou! É impressionante a performance de Marcelo Peixoto. A mistura de sons atinge os manos e as minas! Com poder de comunicação incrível, notado pelo amigo Márcio Ferrazzo, dou viva p'ro cara que vive na busca da batida perfeita!
Íris, Paz y Amor – Não Virou! O bom teatro amador se envergonha da apresentação de Zuzu Abu. Tentei praticar bondade e olhar o lado bom da coisa... Infeliz tentativa. Nem o sono da madrugada me livrou da irritação de ver um teatro tão desprovido de bom senso. Abu p'ra você, Zuzu!
Roda de Capoeira – Virou! Manifestação local com capoeirsta de botá respeito em berimbal. A alegria contagiante desfilada em golpes de "improviso" fazendo um balé que só quem ginga com alma alcança. Viva Nosso Senhor do Bonfim!
Heraldo do Monte - Virou! Acompanhado de 3 músicos de indiscutível gabarito, o senhor que faz música boa com os dedos virou meu espírito e deixou-o em paz. Consguiu tal feito com música primorosa e simpatia sincera que dá inveja. Só não virou a insensibilidade do iluminador conversando ao celular e piscando luzes descabíveis no olho da platéia. Aí não vira!
Eduardo Dussek - Virou! O irreverente cantor que eu não conhecia (a não ser aquela: barrados no baile, ô, ô) deu show de humor inteligente, onde as piadas que serviam de abertura para a próxima música era o prato principal. Homem alto e engraçado que sabe de suas virtudes. Ele e seu teclado.
E no mar de toda a programação, a canoa vira e afunda na escolha de não chamar artistas locais para fazer parte da festa. Mais uma vez quem daqui é, assistiu gente de fora se deliciar com a cereja do bolo. Essa guloseira de abandono não virou mesmo!
Um comentário:
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