É nóis, maluco

Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Cantando, dessa vez sem o copo: Vira, vira, vira. Vira, vira, vira. Vira, vira, vira. Virou????


Humano que sou, não consegui acompanhar toda a programação da Virada Cultural de Jundiaí. Evento promovido pelo governo do estado de São Paulo, com apoio e organização do governo municipal.

Ah, antes de tudo: que fique bem claro o meu apreço por este tipo de iniciativa. Louvável com brecha para maiores acertos.



É certo que a visão sobre tudo que é dito arte é muito pessoal. Então aí vai:

Vanguart - Virou! Uma das melhores surpresas da minha noite, a banda de Cuiabá subiu no palco do pavilhão da Festa da Uva mandando vê num rock metido a folk. P'ra mim, que tenho o preconceito com bandas novas infincados em meu gosto musical, foi muito bom pagar a língua na boca aberta com o show dos meninos.

Vênus Volts - Não Virou! Pode ser que tenha sido o baque pós Vanguart, mas a banda com a vocalista-menina-fingindo-atitude não me agradou no repertório e na qualidade. Olha que tem banda de Jundiaí que cobraria mais barato e viraria...

O Homem da Tarja Preta - Não Virou! Monólogo panfletário. No mau sentido. Texto pretensioso que desperdiça a reunião de 1000 pessoas no imponente teatro Polytheama. Arte é outra coisa. Entretenimento também...

Marcelo D2 - Virou! É impressionante a performance de Marcelo Peixoto. A mistura de sons atinge os manos e as minas! Com poder de comunicação incrível, notado pelo amigo Márcio Ferrazzo, dou viva p'ro cara que vive na busca da batida perfeita!

Íris, Paz y AmorNão Virou! O bom teatro amador se envergonha da apresentação de Zuzu Abu. Tentei praticar bondade e olhar o lado bom da coisa... Infeliz tentativa. Nem o sono da madrugada me livrou da irritação de ver um teatro tão desprovido de bom senso. Abu p'ra você, Zuzu!

Roda de CapoeiraVirou! Manifestação local com capoeirsta de botá respeito em berimbal. A alegria contagiante desfilada em golpes de "improviso" fazendo um balé que só quem ginga com alma alcança. Viva Nosso Senhor do Bonfim!

Heraldo do Monte - Virou! Acompanhado de 3 músicos de indiscutível gabarito, o senhor que faz música boa com os dedos virou meu espírito e deixou-o em paz. Consguiu tal feito com música primorosa e simpatia sincera que dá inveja. Só não virou a insensibilidade do iluminador conversando ao celular e piscando luzes descabíveis no olho da platéia. Aí não vira!

Eduardo Dussek - Virou! O irreverente cantor que eu não conhecia (a não ser aquela: barrados no baile, ô, ô) deu show de humor inteligente, onde as piadas que serviam de abertura para a próxima música era o prato principal. Homem alto e engraçado que sabe de suas virtudes. Ele e seu teclado.

E no mar de toda a programação, a canoa vira e afunda na escolha de não chamar artistas locais para fazer parte da festa. Mais uma vez quem daqui é, assistiu gente de fora se deliciar com a cereja do bolo. Essa guloseira de abandono não virou mesmo!




Um comentário:

Anônimo disse...

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