Hoje cortei minhas unhas. Dos pés e das mãos.
Estavam compridas
Coloquei os óculos. Apanhei o cortador no cinzeiro. Cinzeiro trazido de Veneza.
Aconcheguei-me no sofá e com as cartilagens úmidas e colhi dez cortes de unhas.
Tenho por hábito depositar minhas unhas cortadasna jardineira existente na janela do escritório. Entre pedras e ventos.
Uma parte de minha identidade sacramente depositada em uma jardineira no quarto andar de um edifício com vista para a Serra.
Marcos César Duarte
3 comentários:
Deixo aqui minha consideração!
Li pouco (horário de almoço!), mas pretendo voltar com mais tempo pq gostei bastante.
Até mais.
Agora sim... eu li um montão!
Feriado! Dá tempo de ler e ouvir música, e ver filmes, e conversar com um monte de gente legal... Dá tempo de conhecer um Zé que entende bastante de alma bonita, de vento, de amor, de Marias, de arte, de vida...
E dá tempo de voltar aqui pra dizer que adorei este Zé e que eu tbm sei ser exagerada bem assim...
Salve nosso exagero, então...
Abraço no Zé!
Sobre o textículo acima...
Narciso é assim. Centraliza tudo na vida, se centraliza em tudo o que há. Pra Narciso não há o que não seja o eu. Tudo do eu depositado no outro está.
Eu poderia me identificar, mas como não sou unanimidade na opinião sobre o autor... fico em silêncio. Não quero fazer crítica narcisista.
bjo Zé. Te amo.
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