É nóis, maluco

Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Gaveta aberta, é túmulo à espera


Ontem remexi gavetas.

Era como revirasse o passado. Mexer em gavetas é uma conversa com o que foi.

E que conversa...

Cartazes de peças, canhotos de shows, dinheiro sem valor, documentos antigos, recortes de jornal, até livro de auto-ajuda estava lá pedindo socorro.

Pedaço de toalha (não me pergunte de onde veio), cobrança de banco, pochete preta, lápis, caneta, cachimbo, fotos e as cartas... Dois sacos grandes cheios de cartas.

E aí que tudo pára.

Mergulho no papel, no cheiro, no tipo de letra, no amarelo

O queimado me paralisa. Viajo nas datas, na "gente", nos " te amo"

E tudo passa... A carta volta à seu lugar de origem, e no rádio uma canção me consola. Como se fosse um musical dos anos 30 que o tal Renato me falou.


Giz
Legião Urbana
Composição: Renato Russo


E mesmo sem te ver

Acho até que estou indo bem

Só apareço, por assim dizer

Quando convém aparecer

Ou quando quero

Quando quero

Desenho toda a calçada

Acaba o giz, tem tijolo de construção

Eu rabisco o sol que a chuva apagou

Quero que saibas que me lembro

Queria até que pudesses me ver

És parte ainda do que me faz forte

Pra ser honestoSó um pouquinho infeliz

Mas tudo bemTudo bem, tudo bem...

Lá vem, lá vem, lá vem

De novo

Acho que estou gostando de alguém

E é de ti que não me esquecerei

Está tudo bem, tudo bem...

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