É nóis, maluco

Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!

sexta-feira, 9 de junho de 2006

A Paixão segundo MCD




As memórias das personagens. O sol nasce todo dia. E quando estou apaixonado o sol nasce diferente todo dia. Qual personagem serei sem paixão? De fato nenhum. Um personagem sem paixão é um ninguém. Acontece que sempre no exagero a paixão domina o personagem. O exagero deixa uma paixão alterada. Os dias aparecem nublados e o ar em tempestade. A paixão transforma-se canibal. A paixão devora a gente. A crueldade pode reger uma paixão.
Já estive apaixonado um dia. Só agora posso dizer que um dia estive lúcido. E que outro dia estive apaixonado. O exagero torna a paixão um cativeiro.
E condenado eu fui a prestar serviços forçados. A menor respiração do objeto que é o desejo faz do apaixonado um deus realizador. Transformar desejos em metas a cumprir. As gravações originais e exclusivas de sua banda predileta. A coleção de música clássica, os jornais e as revistas do dia. Todos os domingos presentes no seu despertar. As notícias frescas. Os acontecimentos recentes. A música clássica no aparelho. O melhor lugar para almoçar com uma boa massa e um vinho.
Depois cinema e um barzinho.
A mágoa da paixão é como quer o tempo. Depois de apaixonado o destino é um só: o choro e o lamento. O passar do tempo.
Já o amor é outra conversa.

MCD!

Um comentário:

Anônimo disse...

Venho retribuir sua visita e conhecer um pouco das suas idéias. Muito bom o teu blog. Um grande abraço.