É nóis, maluco

Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Travessa da Senador Fonseca. Perto do sapateiro Jura.

 Cosme e Damião me ofereceram sobremesa 

no dia da cura pro meu medo. 


Já tinha passado do tempo 

Em que sustos e sombras acompanhavam um menino

(Não sei medir idade

mas pelas patas e pelos dentes, devia ter quase 11. 


A Filomena

Esposa do Ratão 

Me conduziu até o terreiro.


A partir daí

A memória documenta a falha de 

guarda chuvinhas de chocolate,

batata doce - roxa 

maria mole na casquinha de sorvete

com bexiga.


E tinha fumaça.

Incenso expectorando peito ruim ou a foligem pra incomodar os puros. Aquela fumaça atravessada que compram pra desinfetar corpo que não se encaixa.

Tinha o branco predominante que contrastava com a terra. Cor TERRA. O marrom  dizendo “senta”.


O tempo do tabaque. Do A.


É sempre outro

O tempo do outro.


Fui chamado e fui. Falei com crianças e me deram uma rosa branca.

Pra não ter medo.

Foi a noite mais tranquila. 

Mas.

 Não ter medo.

 Assusta.



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