essa força descomunal para abrir os olhos
a massa escorrida na suja cama
de colchão deformado
de sujos lençois
de cobertores rotos
o sol azedo lá fora
lá fora
passarinhos estridentes
dizem ser
vida
olhos aberto e:
a mesma mesa ao lado
o mesmo teto e suas teias de aranha
no mesmo canto
a mesma porta semi aberta
a mesma privada
o mesmo café
o mesmo pão amanhecido
bom dia
a mesma voz
o mesmo espelho
o mesmo cabelo emaranhado
de culpa
de ser o mesmo
de novo novamente o mesmo outra vez
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