
Paralelepípedos molhados recebiam os passos simétricos e lentos. Era no meio da rua que compunha seu andar e dançava sua alma encharcada.
Havia tempos que não caminhava sem objetivo, sem direção, sem planos. Só um caminhar.
Fina chuva que lambia com delicadeza o homem.
Sempre em frente.
Entre passos, ora bambos, uma inclinada de cabeça para o alto. Parecia querer lágrimas naqueles olhos tão fixos e ensimesmado.
Sozinho no tempo e espaço, arriscou uma canção inventada. Voz rouca sendo harpa augusta. Naquele momento.
Um Homem caminha na Terra.
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