É nóis, maluco

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sábado, 21 de agosto de 2010

Pituca e o Lobisomem. Lenda contada em noite de bar



Aqui mesmo!

Jundiaí

Ali mesmo!

Serra do Japi

Lá!

Santa Clara


E quem é que vem?

Quem é que brinca de roda?

Quem é que de vestido de chita conta histórias?

PITUCA

Ela e a irmã


P: Eu vejo Lobisomem.

_ Hã?

P: Eu vejo Lobisomem;

_ Ele é mau?

P: Orelhas grandes.

_ Assustador?

P: Dentes afiados.

_ Você tem medo?


Nada de medo. Nada.

O Lobisomem só passava por Pituca

P’ra lá e p’ra cá

Na ida e volta da escola

Enquanto sua mãe torrava amendoim para a paçoca


E dizem por aí, aqui mesmo em Jundiaí

Que Lobisomem não tem pêlos nas mãos, nem pé

_ É?


E foi de rápido passar

Pituca já sem medo foi notar

Que as mãos do “de noite” Lobisomem

Tinham marcas de enxada e de trabalho


P: As mãos são de papai!

Que de dia me protege com suor cortando lenha no bosque

E de noite contra qualquer mal que me toque


E não é que tudo aumenta?!

Todo mundo cresce?!

Pituca casou-se na mesma igreja

Que quando menina ia na quermesse

_ VIVA OS NOIVOS!


Na festa com toda a vizinhança

Jurou amor a Bastião, que conhecia desde criança


E quando casados, no aconchego de seu lar

Bastião que era homem

Nervoso confessou:

B: Pituca, querida! Não é de hoje que por este quintal que dá p’ra esse mato e chão de terra batido, tenho visto o cachorro grande que chamam de Lobisomem.

E a danada da Pituca riu, riu, riu até faltar o ar.

Deixou o pobre do Bastião vermelho de vergonha

Era alívio por saber que sua casa estava protegida pelo cão-homem-seu-pai.


E por esses dias de 2010, dizem que ele, o pai-homem-trabalhador-cachoro-peludo-protetor se encontra por aí.

Mais precisamente na Serra do Japi.

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