É nóis, maluco
Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!
domingo, 3 de maio de 2009
Só de vermelho.
O Campari levado à boca num copo largo.
O fundo é branco. Cor do guardanapo que a transparência do copo me revela.
Solitário na mesa, encontro companhia em mesas alheias. Gente solitária, encontrando companhia em minha solidão sentada em cadeiras vermelhas.
Uma pausa para misturar o gelo no Campari, que é vermelho também.
Zambelli no violão, dedilha respeito de história.
Respeito de homem honesto com gravata vermelha, que abre uma porta e sempre a mantém aberta.
Aberta para luz.
A "menina do pandeiro",com seus 72 anos de largo sorriso, dá ritmo ao bar.
Coloca artesanato nos ouvidos dos solitários.
E no pulso das mãos que acompanham cantores de botecos está amarrada a fita de Nosso Senhor do Bonfim.
Fita vermelha.
E nas alturas da obsrevação, a solidão amolece. Encontra sentido e gratidão da melancolia ser tão amena e com cor.
A música escolhida para terminar a noite é do sábio e velho Robertão. Aquela que pede para Nossa Senhora estender a mão.
Os solitários se unem num coro e, entre mesas vermelhas e grades da mesma cor, pelo menos por uma canção deixam de ser sozinhos.
Fica aqui a minha prece.
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5 comentários:
Cenas de "sangue" num bar lá na Silva Jardim.
E a solidão... tem cor?
E quando alguém te pede um gole do seu Campari solitário, porque vc quebra o copo???
Como assim, Laura?
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