
Um olhar de lembrança que a fotografia registrou. Mais de um século depois. Um jeito de ver saudoso e vago. Assim como eu me sinto no agora. Desejando permitir o que há de vir e saudar o que passou. Estar ausente de si mesmo em algum limite qualquer entre memória e esperança. Vago.
Poderia ser o ano de mil oitocentos e noventa e oito. Perto da mudança. A passagem de século. Um novo século em pouco menos de dois anos. E olhando assim, dessa distância com que olho fico me perguntando até onde isso vai?
Acho que mais uma taça de vinho e está bem. O generoso. O mais antigo dos testamentos já mencionavam seus sagrados efeitos. Junto do pão. A região é propicia para o plantio da uva. A água que escorre de fontes congeladas. Lagunas. Vinho tinto.
Vintes dias em um navio. Atravessar um oceano. Olhar de oceano. Mareado. Lunar.
Aportou. Chegada na capital rumando para o interior. Nada de piolhos e outras peçonhas. Cambiar. Encher a lavoura com mão de obra barata e branca. Nada mais contanto que seja branca. Outra taça e vago oceanos.
Mcd!
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