São Francisco... Não só de Assis.
Crítica
A peça São Francisco.... Não só de Assis apresentado pelo grupo de teatro da Associação Cultural ReligArte coloca em cheque (com "c" mesmo) a função social e, porque não dizer, espiritual do teatro. Trava ainda uma luta com a popularização do fazer teatral em uma cidade que carece de projetos nesse sentido.
Quem pagou R$20,00 para assistir a história de um dos santos mais populares do mundo, creio que sentiu falta de "humanidade" na história do homem de Deus .
Como marca do diretor Alexandre Ferreira, o início da peça é impactante com um clip da banda U2, seguido pela imagem do Cristo e dos dois ladrões.
Porém, novamente, peca no decorrer da peça ao colocar atores visivelmente despreparados para viver personagens com intensidades dramáticas profundas.
Salvo o ator Marcelo Silva (São Francisco), que carrega uma experiência na arte, os atores com muita boa vontade, é verdade, deixam a desejar na verticalização das personagens, aceitando o papel de ferramentas na concretização das idéias engenhosas e nem sempre bem executadas do diretor.
Cenas extremamente desnecessárias invadem passagens símbolos da vida do santo. Como a que São Francisco e seus seguidores, numa pantomima de mau gosto, pedem alimento, aceitando ao máximo a condição de viver com o pouco: Meninas com indumentárias nitidamente fora do contexto da peça, simulam um jazz de escola infantil e desfilam vaidade aliada a insegurança na frente do palco.
O Cristo (Alexandre Ferreira) que permeia o espetáculo propõe um naturalismo novelesco grosseiro em diálogos com Francisco, destoando o resto do elenco.
O texto, assinado pelo próprio diretor, visivelmente apresenta uma mistura de trechos de filmes e idéias de espetáculos anteriores, causando assim, confusão no espectador quanto a linguagem do espetáculo.
Assim, a Associação Cultural ReligArte cumpre novamente a realização da idéia de um espetáculo. E só.
Apostar em bandas conhecidas para compor a trilha, sem esta ter uma ligação direta com a históra contada, só contribui para um apelo emocional que banaliza ainda mais a questão profunda vivida por São Francisco de Assis.
A impressão que fica, é que o propósito do numeroso grupo é apresentar uma história de forma unilateral, e que atende as expectativas de um público leigo, onde se encanta simplesmente pelos recursos oferecidos pelo glorioso teatro Polytheama.
16 comentários:
Perdoe-me, Marcelinho - talentoso e humilde ator - mas eu não acrescento e nem retiro uma palavra do que você escreveu, Zé.
Crítica construtiva, não detonativa. Ou melhor, alguns requintes de maldade, mas nada que não seja verdade.
Você escreve muito bem.
Bjos,
Dani (sleeping...)
Eita!
Acho que este tipo de comentário vindo de quem veio, não desmerece o grupo que apresentou este espetáculo. Lembrando que o dono do blog já fez São Francisco e teve a sua peça criticada por uma atriz que intermediou as apresentações no ncenarte, dizendo que: Faltava ator, emoção e sensibilidade dentro do espetáculo. Zé vc mudou muito, parou no tempo, e agora ofende um grupo que já foi a sua casa. Falo isso, não porque estou devendendo , e o seu direito criticar e opinar.Mas falo isso por saber que tudo isso é pura maldade!!! E algumas pessoas são mais maldosas ainda por que são falsas! Falam por trás e pela frente não tem coragem de dizer uma linha do que não gostou, né Dani?
Comentário dado.
Viva a democracia!!!!
Olá,Lúcia. Prazer em conhecê-la.
Digo prazer, pois não me lembro de você. E vc deve me conhecer, pois acha que eu mudei muito, e ao mesmo tempo que eu parei no tempo... (essas palavras são suas?)
Ou eu paro, ou eu mudo.
Contraditório.
Ah, Curiosidade: Qual última peça minha que vc assistiu?
Sim, já fiz São Francisco.
Sim, foi criticado (menos os atores, isso é calúnia).
Mas, se formos falar de críticas no EncenArte, acho que abriremos um outro tópico para a peça dos módulos, não é?!
Se você leu como ofensa ou maldade, é seu direito. Sugiro que leia novamente.
Mas, é meu direito opinar, criticar e elogiar...
É meu direito escolher minha casa nova, e não carregar a casa velha.
É meu direito achar um absurdo uma entrada de R$20,00 para assitir determinado espetáculo.
Agora, quanto ao dever... cada um faz o seu!
Já fez?
Pois é zé, cada um tem a sua opnião. Mas cá entre nós, você NÃO pagou R$ 20,00 para assitir o "determinado" espetáculo, ou estou enganado??? E, acho que não precisa mascarar os nomes de espetáculos: "Peça dos módulos".....(?), essa eu nunca assiti, foi apresentada no encenarte?
Muito Sucesso pra você.
O que eu quiz dizer com relação a mudar muito, foi da pessoa que vc era e o que se tornou agora. E parar no tempo foi da sua interpretação, pois assistindo Maria dos Pacotes senti que vc só regrediu ela (interpretação), sem sentimento, com uma voz forçada, que até dava dor nos ouvidos (desculpe se me expressei mal). Não estou querendo ofender até gosto da sua pessoa apesar de vc não lembrar de mim (mas que no São Francisco não tinha ator não tinha mesmo a começar pelo proprio São Francisco...e assim vai). E a maldade sempre existe isso vc não pode mudar.
Deixo meu último recado...
Nossa, olha o blog do Zé bombando!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Não, Rafael(eu escrevo com letra maiúscula), não paguei nada. E não disse que pageui.
Disse que "É meu direito achar um absurdo uma entrada de R$20,00 para assitir determinado espetáculo."
Quanto a "peça dos módulos", é que foi o que mais marcou no espetáculo. Mais do que o nome dos personagens centrais.
Cada um na sua, neh?
Questão de proposta, ideologia.
Às vezes de caráter.
Um abraço.
E os comentários estão aumentando...
Lúcia, Lúcia...
Desculpe-me, não lembro mesmo de você. Quem é?
Quanto a gostar ou não gostar da mnha interpretação...
Cada um na sua, neh?
Questão de proposta, ideologia.
Às vezes de caráter.
Então, viva a democracia:
Resposta a um Zé qualquer...
Em Rei Édipo, texto grego escrito por Sófocles há mais de 2.500 anos, temos:
Creonte – (irritado) Cidadãos! Acabo de saber que Édipo formulou contra mim acusações que não posso admitir! Aqui estou para me defender! Se no meio da desgraça que nos atinge ele supõe ter sido ofendido por mim, não quero permanecer sob essa suspeita. Isso seria uma profunda injúria, pois seria visto por todos como um traidor!
Sacerdote - Talvez essa acusação tenha sido causada pela cólera momentânea do rei e não pela reflexão.
(...)
Creonte – (...) Hoje, consigo o que quiser e nada tenho a temer... Se eu fosse rei, seria obrigado a fazer muitas coisas contra minha vontade. Hoje, todos me recebem com simpatia. Os que pretendem algo de você, rei de Tebas, procuram minha ajuda para que eu interfira favoravelmente. Como deixar tudo isso que tenho para tramar uma traição, como você diz? Além de ingratidão, seria uma verdadeira tolice! E se quer uma prova do que afirmo, vá você mesmo ao oráculo de Delfos e procure saber se eu não transmiti fielmente a mensagem de Apolo. E outra coisa: (...) Não me acuse baseado em suspeitas, não julgue levianamente os homens honestos. Rejeitar um amigo fiel equivale a desprezar a própria vida! Com o tempo, aprenderá que só os anos ensinam a reconhecer o homem justo, enquanto que para conhecer os maus basta um só dia.
(...)
Creonte – (...) Mas quando a raiva desaparecer, sentirá remorsos. Parto, sim, nunca mais me verá. Você não chegou a me conhecer de verdade. Mas para os tebanos, serei sempre o mesmo!
Então, vai aí um conselho:
Coro - Habitantes de Tebas, minha pátria! (...) não consideremos feliz nenhum ser humano enquanto ele não tiver atingido, sem sofrer nenhuma desgraça, o último dia de sua vida.
Alexandre Ferreira
Resposta a um Alexandre, não qualquer, o Ferreira.
Não sei em que ano,em um cd de Roberto Carlos temos:
Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver
Toda pedra do caminho
Você deve retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Toda pedra do caminho
Você deve retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver
É preciso saber viver...
Sério, vai:
Tebanos, ouçam-me!
É uma crítica. E só.
Tá bom, eu não tenho o sobrenome Néspoli, nem Guzik. É um Zé qualquer...
Mas isso não impede a minha opinião num blog pessoal.
E de tudo é feito um grande carnaval.
Sabe, eu tenho certeza que se fosse um elogio, não teria nem dois comentários no post.
Não tem vítima e nem carrasco nisso tudo.
Não tem raiva e nem remorso.
Não tem ingratidão.
Não tem cólera momentânea.
Não tem rejeição a amigo fiel.
Não tem julgamento a homens honestos.
Tem visões... E a
liberdade das opiniões.
Ah, minha vez de aconselhar: o blogspot.com dá passo a passo um guia para criar um blog.
Sucesso a todos nós.
É por sermos demais vaidosos de nossos caminhos que usamos o passado por sorte e joguete.
Ofende-se quem tem telhado de vidro e sabe que o vizinho coleciona pedras.
Cabe a nós escolher o que fazer com elas.
Adornos para cabeças sem coroa...
Sempre assim.
Muito bem Zé!
Em verdade em verdade vos digo, os tempos são outros, a vida segue, a caravana passa e os cães ladram! Não vejo problemas em cometer equivocos.
O que existe na verdade são linguagens diferentes. Lamento que as diferenças sejam tão ameaçadoras.
Faço pão. Sigo uma receita básica e simples. E nem sempre acerto o ponto. Já perdi muita farinha. Mas continuo fazendo pão. Busco sempre aprender sobre os motivos que me levam ao erro.
Em verdade em verdade vos digo, cometer equivocos é humano. Por isso Édipo mata seu pai e transa com a mãe.
Édipo não sabia quem era seu verdadeiro pai e sua verdadeira mãe, por isso, por ignorar, comete seu crime. (Édipo não sabe onde pisa.)
Então Édipo busca a cegueira como punição. Não quer mais enxergar a beleza do mundo e fora dele se tranca. É prisioneiro de sua lembrança. Que o atormenta e limita.
Em verdade vos digo: é humano aprender!
Mcd!
Vou me apresentar. Sou Marcos César Duarte. O ignorado autor que o zé qualquer faz questão de remunerar pelo trabalho e pela parceria. O Zé não me faz parecer um pedinte. Ele paga Pelo trabalho e por isso recebo o que é justo. Escrevo peças de teatro. (e aqui cabe a cada um imaginar o que seja teatro!). O Zé encena o que escrevo e com dignidade e sem medo nos tratamos. A bilheteria é dividida entre atores, diretores, autores... TUDO CONFORME O DIREITO DE AUTORIA. Tudo conforme a possibilidade. JÁ A parceria se reflete no sentimento de amizade que nutrimos. Que me honra por encontrar nessa amizade momentos de gentileza e honestidade.
PS:-
Zé,
Eu vou deixar junto uma oração para você se proteger.
É coisa simples, feche os olhos, respire fundo e continue escrevendo.
Deixe seu coração sempre aberto ao amor. Mesmo sendo o amor de qualquer Zé.
Qualquer Zé.
Um Zé qualquer. Ou tanto faz um outro.
Qualquer um é Zé,
Todo mundo é Zé. Zé qualquer!
Amém!
Que bafa-fá-fá todo é ese minha gente!!??
Calma é só um post, e realmente zé se fosse um elogio não teria mais que dois comentarios!!
Marquinhos parabens pelo seu post, e zé acredite, essa oração será de grande valia!!
Lucia
Ou o zé parou ou regrediu?
Contraditório...
novamente!!
Amanda, adorei: "Ofende-se quem tem telhado de vidro e sabe que o vizinho coleciona pedras."
Aos demais: Viva a liberdade de expressão, viva a democracia, viva a opinião e viva a diversidade!!!
Bom só posso mesmo expressar a minha opinião sobre os comentários, porque eu os li, nada posso dizer sobre o espetáculo por que não assistiti (achei meio caro) Mas realmente acredito no zé por ser um otimo profissional, inteligente e sobe tudo uma pessoa de bem. E cá entre nós Lucia o zé nunca faria uma critica como essa por maldade, porque é sensato e reconhece a suas origens!!!
Paloma Regina
Uauuau..........Mas que coisa!
É só postar algo que ofende determinado grupo que caem matando em cima! Pessoal, todos nós devemos ser colegas de trabalho não inimigos! Temos que tomar cuidado com que falamos ou escrevemos, saber como escrever. Não acredito que o Alexandre não gostou da critica por falar do trabalho dele, mas o modo que ela foi escrita,e nem que "Zé qual quer" foi uma forma pegorativa! Assim como não acredito que a critica foi escrita com maldade, Lúcia! Mas as pessoas se confudem, e isso é muito triste por que trás muitas inimizades, que não poderiam existir!
Até mais!!!
Força a todos os grupos!
Que se unam!
ReligArte, Cia,. Sola, Éos, etc.
Gente o blog,não pára de bombar!!!!!
Sugestão, vamos comentar os outros posts. esse aqui já deu, neh?
Ah, Carlos, não quero acreditar que foi intencional, mas é Cia Solo.
Evoé!
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