É nóis, maluco

Olha, eu não sei como você caiu aqui. Mas já que tá, não custa um comentário p'ra deixa pegada forte na opinião do baguio. Suave!

sábado, 16 de dezembro de 2006

Vagalume


Já matei vagalume. Juro. Pequei. Eu sei. Hoje essa lembrança me tortura. Espremi um vagalume. Talvez uns dois. Menos que dez. Juro. Mais do que isso é culpa da memória. O arrependimento é sincero. Não sei como pude.O vagalume é um mimo da natureza. Um inseto com luz própria. Quando seremos assim? Minhas invejosas questões filosóficas sobre a vida e a morte me levaram a esmagar o primeiro vagalume. O contrário não seria possível. Foi então que esparramei seu brilho pela terra. Eu estava curioso. Próximo da vítima o suficiente para sentir o cheiro dela. Que fique registrado: o cheiro do vagalume morto é inesquecível. Hoje, nem em filmes antigos posso ver vagalume. Acho que também não existem mais vagalumes nas florestas ao redor de Londres. E eu aniquilei pelo menos cinco deles. Nunca irei me perdoar por isso.

Por MCD

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