Ontem fui ao circo.
Fazia tempo que não ia ao circo. Muito, muito tempo.
Fui poucas vezes também. Essa, se eu não me engano, foi a terceira. Uma vez qando eu era muito pequeno, outra quando eu devia ter meus dezesseis anos, e ontem.
Fazia tempo também que eu não me emocionava tanto com um espetáculo. Aquela lona cheirava tradição.
Ao longe, aquela estrutura já representa um resgate a raiz circense. As lâmpadas, as cores, pipoca, o picadeiro...
E tinha banda ao vivo. Bateria, Guitarra, Teclado e, é claro, os metais...
O mestre de cerimônia conduzia tudo com inexplicável carisma... Anunciava a próxima atração, e destacava sempre o respeito e o carinho ao público.
Os números foram precisos, com artistas da mais alta qualidade. Voaram, Equilibraram, encantaram...
Adorei! E recomendo: Circo Zanni
"Vaticinou-se que o circo estava fadado a desaparecer. Realmente, há cerca de três décadas, as tradicionais famílias circenses passaram por grave crise. Nessa mesma época, começa a destacar-se o chamado novo circo, sem animais, no estilo Cirque du Soleil, o que parecia ser a única saída para manter viva a arte do picadeiro. Mas a arte circense não só resistiu como renasceu e hoje modernos e tradicionais cada vez mais convivem harmonicamente. Mais que nunca, palhaços fazem rir a criançada com seus clássicos tombos e desajeitados saltos mortais, equilibristas e trapezistas suspendem a respiração de adolescentes com seus números arriscados e mulheres acrobatas fascinam adultos com sua arte e seus belos corpos.Tudo isso poderá ser visto, a partir de hoje, em pleno coração da metrópole paulistana onde está instalado o Circo Zanni. Trata-se de um jovem circo, criado a partir da união de conhecidos artistas paulistanos: Domingos Montagner e Fernando Sampaio, fundadores da Cia. La Mínima e criadores do premiado espetáculo À La Carte; Erica Stoppel, Bel Muci e Ziza Brizola, da Linhas Aéreas, companhia responsável pela bela montagem de Pequeno Sonho em Vermelho e Maíra Campos, Luciana Menin, Marcelo Lujan e Pablo Nordio, do Circo Amarilio.Juntos, eles compraram a lona, com a ajuda do Prêmio Estímulo ao Circo, da Funarte. "É uma lona pequena e ainda não está totalmente paga", explica Domingos. A vantagem de ser pequena é a proeza de caber em um espaço central da metrópole.No Zanni, o respeitável público não verá dóceis e lentos elefantes ou ferozes leões, mas não faltará palhaçada. Quem ainda não viu, terá a oportunidade agora de acompanhar números muito divertidos como a dupla de bailarinas vividas por Montagner e Sampaio. Isso mesmo, bailarinas no feminino. Em tutu e sapatilhas, eles levam a sério uma demonstração de balé que começa no solo e termina no alto de um trapézio.Eles levam a sério, mas o público... A dupla vai mostrar ainda o impagável esquete da Monga, a mulher gorila e uma versão muito particular de A Branca de Neve. Além de clássicos números de malabarismo e equilíbrio em arame, vale destacar o solo da atriz Erica Stoppel no trapézio e uma coreografia aérea que une belas moças - de encher olhos! Circo Zanni. Dir. artística Domingos Montagner. 70 min. Livre."
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